Reação de diferentes genótipos de pessegueiro quanto a podridão parda em flores

Autores

  • Kamila Cristina Fabiane Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
  • Keli Cristina Fabiane Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) https://orcid.org/0000-0002-5151-6221
  • Américo Wagner Júnior Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) https://orcid.org/0000-0001-5081-5281
  • Cristiano Hossel Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
  • Idemir Citadin Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
  • Maristela dos Santos Rey Borin Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) https://orcid.org/0000-0002-9323-0395

DOI:

https://doi.org/10.21674/2448-0479.81.54-62

Palavras-chave:

Queima de flores, Monilinia fructicola, resistência a doenças, divergência genética, melhoramento do pessegueiro.

Resumo

Resumo

Reação de diferentes genótipos de pessegueiro quanto à podridão parda em flores

A podridão parda é a principal doença do pessegueiro. A contaminação das flores pode causar perdas significativas na produção, o que torna necessário o efetivo controle para evitar que continuem presentes no pomar. O objetivo deste trabalho foi testar o comportamento de genótipos de pessegueiro quanto à podridão parda em flores em dois ciclos produtivos. O experimento foi conduzido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Dois Vizinhos. Foi utilizado o delineamento experimental completamente casualizado, com quatro repetições de 4 ramos com flores, considerando cada genótipo como tratamento. Os ramos coletados foram preparados com a eliminação de flores velhas e danificadas. Os botões florais e as flores recém-abertas foram inoculados, individualmente, com 0,15 mL de suspensão conidial (1,0 x 105 esporos mL-1) de M. fructicola. No tratamento controle, foram pulverizados com 0,15 mL de água destilada. As flores foram examinadas 72 horas após a inoculação e avaliou-se visualmente a percentagem de flores infectadas. Os genótipos de pessegueiro avaliados diferiram significativamente quanto à incidência de podridão parda nas flores em ambos os ciclos. Houve diferentes graus de suscetibilidade à podridão parda em flores. Os genótipos ‘Cascata 1070’ e ‘Cascata 1055’ foram os que apresentaram menor suscetibilidade a ela.

Palavras-chave: Queima de flores; Monilinia fructicola; resistência a doenças; divergência genética; melhoramento do pessegueiro.

Abstract

Brown rot is the main disease of peach trees. Contamination of flowers can cause significant losses in production, which requires effective control.  The aim of this work was to test different flower peach genotypes for blossom blight in two production cycles. The work was carried out at the Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Dois Vizinhos. The experimental design was entirely randomized, with four replications of four branches, considering each genotype as treatment. The collected branches were prepared with the removal of old opened flowers and damaged ones. The flower buds and newly opened flowers were inoculated individually with 0.15 mL of Monilina fructicola conidial suspension (1.0 x 105 spores mL-1). Branches of the control treatment were sprayed with 0.15 mL of distilled water. The flowers were examined 72 hours after inoculation, and the infected flowers percentage was evaluated. The peach genotypes evaluated in the two production cycles differ statistically for blossom blight incidence, in both cycles. The results demonstrate that there are different susceptibility degrees for blossom blight, being 'Cascata 1070' and 'Cascata 1055' genotypes with the lower susceptibility to disease.

Keywords: Blossom blight; Monilinia fructicola; resistance to diseases; divergence genetic; breeding peach.

Resumen

Reacción de diferentes genotipos de melocotón para la pudrición parda en flores

La podredumbre parda es la principal enfermedad del melocotonero. La contaminación de las flores causa pérdidas importantes en la producción, así es necesario un control eficaz. En este trabajo, se objetivó evaluar el comportamiento de genotipos de melocotón para la pudrición parda en flores en dos ciclos productivos. El ensayo se realizó en la Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos. Se utilizó un diseño completamente al azar, con cuatro réplicas de cuatro ramas con flores y se consideró cada genotipo como tratamiento. Las ramas recogidas fueron preparadas con la eliminación de flores viejas y dañadas. Los botones florales y las flores recién abiertas fueron inoculados individualmente con 0.15 mL de suspensión de conidios (1.0 x 105 mL-1) de Monilinia fructicola. En el tratamiento de control, fueron rociados con 0,15 mL de agua destilada. Las flores se las examinaron 72 horas después de la inoculación y se evaluó visualmente el porcentaje de flores infectadas. Los genotipos de melocotón evaluados difirieron significativamente en la incidencia de pudrición parda en las flores en ambos ciclos. Hubo diferentes grados de susceptibilidad a la pudrición parda en las flores. Los genotipos "Cascata 1070" y "Cascata 1055" fueron los menos susceptibles a enfermedad.

Palabras clave: Marchitez de las flores; Monilinia fructicola; resistencia a enfermedades; divergencia genética; mejora del melocotonero

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kamila Cristina Fabiane, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

http://lattes.cnpq.br/ 5680953435945284

Keli Cristina Fabiane, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)

http://lattes.cnpq.br/2723605774267338

Américo Wagner Júnior, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

http://lattes.cnpq.br/ 7301494352809698

Cristiano Hossel, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

http://lattes.cnpq.br/ 5752311320982015

Idemir Citadin, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

http://lattes.cnpq.br/ 4503540110400432

Maristela dos Santos Rey Borin, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

http://lattes.cnpq.br/ 2881579615367576

Referências

References

ASSMANN, A.; CITADIN, I.; SANTOS, I.; WAGNER JÚNIOR, A. Reação de genótipos de pessegueiro à ferrugem-da-folha. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 45, n. 1, p. 32-40, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-204X2010000100005&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 27 jun. 2020.

BARON-MONTÉL, N.; EDUARDO, I.; USALL, J.; CASALS, C.; ARÚS, P.; TEIXIDÓ, N.; TORRES, R. Exploring sources of resistance to brown rot in an interspecific almond x peach population. Journal of the Science of Food and Agriculture, v. 99, n. 8, p. 4105-4113, 2019.

BIASI, L. A.; ZANETTE, F.; PETRI, J. L.; MARODIN, G. A. B. Cultivares de fruteiras de caroço. In: MONTEIRO, L. B.; MIO, L. L. M.; SERRAT, B. M.; MOTTA, A. C. V.; CUQUEL, F. L. Fruteiras de caroço: uma visão ecológica. 1. ed. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2004. p. 05-32.

BYRDE, R. J. W.; WILLETS, H. J. The brown rot fungi of fruit. 1. ed. New York: Pergamon Press, 1977.

CRUZ, C. D. Programa Genes: Biometria. 1. ed. Viçosa: Editora UFV, 2006.

CRUZ, C. D.; REGAZZI, A. J.; CARNEIRO, P. C. S. Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético. Viçosa: Editora UFV, 2004.

DUTRA, P. S. S.; PEREIRA, W. V.; MAY DE MIO, L.L.M. Brazilian isolates of Monilinia fructicola from peach do not present reduced sensitivity to iprodione. European Journal of Plant Pathology, v. 153, p. 1341–1346, 2019.

GARCIA-BENITEZ, C.; MELGAREJO, P.; DE CAL, A. Detection of Latent Monilinia Infections in Nectarine Flowers and Fruit by qPCR. Plant Disease, v. 101, n. 6, p. 1002-1008, 2017.

LANDGRAF, F. A.; ZEHR, E. I. Inoculum sources for Monilinia fructicola in South Carolina peach orchards. Phytopathology, v. 72, n. 2, p. 185-190, 1982. Disponível em: https://www.apsnet.org/publications/phytopathology/backissues/Documents/1982Articles/Phyto72n02_185.PDF. Acesso em: 02 fev. 2020.

MARTINI, C.; MARI, M. Monilinia fructicola, Monilinia laxa (Monilinia Rot, Brown Rot). In: BAUTISTA-BANOS, S. (Eds.). Postharvest Decay: Control Strategies. 1 ed. Eastbourne: Academic Press, 2014. p. 233-258.

MAY-DE MIO, L. L.; MOREIRA, L. M.; MONTEIRO, L. B.; JUSTINIANO JÚNIOR, P. R. Infecção de Monilinia fructicola no período da floração e incidência de podridão parda em frutos de pessegueiro em dois sistemas de produção. Tropical Plant Pathology, v. 33, n. 3, p. 227-234, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-56762008000300008. Acesso em: 02 de fev. 2020.

MAY-DE-MIO, L.L.M.; NEGRI, G.; MICHAILIDES, T. Effect of Trichothecium roseum, lime sulphur and phosphites to control blossom blight and brown rot on peach. Canadian Journal of Plant Pathology, v. 36, n. 4, p. 428-437, 2014.

NEGRI, G.; BIASI, L. A.; WORDELL FILHO, J. A., MAY-DE MIO, L. L. Manejo da queima das flores e da podridão-parda do pessegueiro cultivado em sistema orgânico. Revista Brasileira de Fruticultura, Ed. Especial, p. 415-423, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452011000500054. Acesso em: 02 fev. 2020.

OBI, V. I.; BARRIUSO, J. J.; MORENO, M. A.; GIMÉNEZ, R.; GOGORCENA, Y. Optimizing protocols to evaluate brown rot (Monilinia laxa) susceptibility in peach and nectarine fruits. Australasian Plant Pathology, v. 46, v. 183-189, 2017.

PRUSKY, D. Pathogen quiescence in postharvest diseases. Annual Revew Phytopathology, v. 34, n.1, p. 413-434, 1996.

SANTOS, J. DOS; RASEIRA, M. do C. B.; ZANANDREA, I. Resistência à podridão parda em pessegueiro. Bragantia, v. 71, n. 2, p. 219-225, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87052012000200010&lang=en

SHOLBERG, P. L.; OGAWA, J. M.; MANJI, B. T. Diseases of Prune blossoms, fruit, and leaves. In: RAMOS, D. E. Prune orchard management. Berkeley: Ed. University of California Division of Agriculture, 1981. p. 121-125.

SOUZA, D. C.; FAZZA, A. C.; CAMARGO, L. A.; MAY DE MIO, L. L.; ANGELI, S. S.; AMORIM, L. First report of Monilinia laxa causing brown rot in peaches in Brazil. Phytopathology, v. 98, n. 6, p. 148−149, 2008.

STANGARLIN, J. R.; KUHN, O. J.; TOLEDO, M. V.; PORTZ, R. L.; PASCHOLATI, S. F. A defesa vegetal contra fitopatógenos. Scientia Agraria Paranaensis, v. 10, 18-46, 2011.

VILLARINO, M.; MELGAREJO, P.; DE CAL, A. Growth and aggressiveness factors affecting Monilinia spp. survival peaches. International Journal of Food Microbiology, v. 227, p. 6-12, 2016.

WAGNER JÚNIOR, A. Avaliação de germoplasma de pessegueiro, quanto à reação à Monilinia fructicola (Wint.) Honey. 2003. Dissertação (Mestrado) – Curso de Agronomia, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2003.

WAGNER JÚNIOR, A.; RASEIRA, M. C. B.; PIEROBOM, C. R.; SILVA, J. B.; FRANZON, R. C. Avaliação de diferentes genótipos de pessegueiro quanto à reação a Monilinia fructicola (Wint.) Honey em frutos. Ceres, v. 55, n. 2, p. 83-88, 2008. Disponível em: http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/3293. Acesso em: 02 fev. 2020.

WAGNER JÚNIOR, A., RASEIRA, M. C. B.; PIEROBOM, C. R.; FORTES, J. F.; SILVA, J. B. Peach flower reaction to inoculation with Monilinia fructicola (Wint.) Honey. Journal of the Pomological Society, v. 59, n. 3, p. 141-147, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452011000500075. Acesso em: 02 fev. 2020.

Downloads

Publicado

2022-04-30

Como Citar

Cristina Fabiane, K. ., Cristina Fabiane, K. ., Wagner Júnior, A., Hossel, C., Citadin, I., & dos Santos Rey Borin, M. . (2022). Reação de diferentes genótipos de pessegueiro quanto a podridão parda em flores. Revista Eletrônica Científica Da UERGS , 8(1), 54–62. https://doi.org/10.21674/2448-0479.81.54-62

Edição

Seção

ARTIGOS INÉDITOS