Conhecimento e currículo na formação dos intelectuais
DOI:
https://doi.org/10.21674/2448-0479.22.145-157Resumo
Esta pesquisa constitui um ensaio que tem como objeto de estudo conhecimento e currículo na formação dos intelectuais, cuja abordagem se dá a partir de uma bricolagem dos conceitos de intelectuais propostos por Gramsci (1982) e Bauman (2010). As questões levantadas são: o que entendemos por intelectuais? No que consiste a formação dos intelectuais em uma sociedade? Quais as relações entre conhecimento, currículo e a formação dos intelectuais? Que implicações estas relações têm na seleção e organização dos conhecimentos que constituem os currículos? Com as quais objetiva-se refletir sobre as relações entre conhecimento, currículo e formação dos intelectuais e suas implicações na selação e organização dos currículos escolares. Optou-se por fazer uma leitura dos conceitos de intelectuais tradicionais e orgânicos estabelecidos por Gramsci sob a ótica das metáforas do legislador e do intérprete propostas por Bauman, e o contejamento com as discussões levantadas por Lopes e Macedo (2011; 2012) e Apple (1997; 1999; 2000) sobre currículo e conhecimento escolar. Os resultados apontam que a formação dos intelectuais tem implicações na seleção e organização dos currículos escolares em diferentes perspectivas e que novos modos de conceber os intelectuais e sua formação abrem possibilidades para negociação de novos conhecimentos e novos modos de significação do currículo.
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