SKUAS ANTÁRTICAS COMO BIOINDICADORES DE CONTAMINAÇÃO LOCAL E GLOBAL DE MERCÚRIO

Authors

  • Erli Schneider COSTA Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
  • Maria Mercedes SANTOS Instituto Antártico Argentino
  • Nestor Rubem CORIA Instituto Antártico Argentino
  • João Paulo Machado TORRES Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Olaf MALM Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Maria Alice dos Santos ALVES Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.21674/2448-0479.53.311-317

Keywords:

Biomonitoramento, Poluentes, Catharacta skuas, Áreas de reprodução

Abstract

O mercúrio (Hg) é um metal não essencial, por vezes extremamente tóxico, e sua presença na cadeia alimentar pode ameaçar a vida selvagem. Nas aves marinhas, mesmo níveis baixos de Hg podem reduzir a produção de ovos e as chances de sobrevivência de embriões e filhotes. Altos níveis desse elemento levam a comportamento irregular, perda de apetite e de peso e pode causar danos celulares nos órgãos, como os rins. Segundo alguns autores, entre 50 e 93% do total de Hg acumulado pelas aves através da dieta pode ser excretado nas penas durante o processo de muda. Dessa forma, as penas podem ser usadas como um excelente biomonitor não invasivo. O objetivo deste trabalho foi comparar os níveis de mercúrio (Hg) em penas de adultos e filhotes de Catharacta maccormicki (Cma) e C. lonnbergi (Clo) amostrados na Península Antártica, para identificar biomonitores de Hg na região usando métodos não invasivos de amostragem. Encontramos níveis significativamente mais elevados de Hg em adultos de Cma em comparação com adultos de Clo (U '= 841,00, p <0,01) e também em filhotes de ambas as espécies (q> 3,398, p <0,01). Não foram encontradas diferenças significativas de níveis de Hg na comparação entre adultos e filhotes de Clo de ambas as espécies (U '= 16,00, p <0,05) e em filhotes de Cma em diferentes áreas (q> 3,398, p <0,05) ou Clo (U' = 62,00, p <0,05). A variação dos níveis de Hg pode ser justificada principalmente por diferenças nos padrões de migração. Os adultos das espécies que migram para áreas mais poluídas (Cma) apresentaram os maiores níveis de Hg e podem ser considerados um indicador promissor de contaminação global. Por outro lado, Clo e filhotes de ambas as espécies são bons indicadores da contaminação local por Hg, sofrendo a influência direta da contaminação no ambiente antártico.

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Published

2019-12-11

How to Cite

COSTA, E. S., SANTOS, M. M. ., CORIA, N. R. . ., TORRES, J. P. M. ., MALM , O., & ALVES, M. A. dos S. (2019). SKUAS ANTÁRTICAS COMO BIOINDICADORES DE CONTAMINAÇÃO LOCAL E GLOBAL DE MERCÚRIO . Revista Eletrônica Científica Da UERGS , 5(3), 311–317. https://doi.org/10.21674/2448-0479.53.311-317

Issue

Section

ARTIGOS INÉDITOS