Avaliação cognitiva assistida para crianças com paralisia cerebral: o que informam as pesquisas?
DOI:
https://doi.org/10.21674/2448-0479.43.380-396Palabras clave:
Criança com Paralisia Cerebral, Avaliação Cognitiva Assistida, evidência cientifica, prática baseada em evidência, educação especialResumen
Este artigo de revisão oferece ao leitor uma síntese do conhecimento produzido, no período 2005-2015, sobre as melhores práticas em Avaliação Cognitiva Assistida, no atendimento de crianças diagnosticadas com Paralisia Cerebral – PC. Essa população infantil frequenta escolas, hospitais e Centros de Reabilitação. O conteúdo aqui proposto nos permite traçar o estado da arte sobre o tópico investigado. Como complemento, são explicitados os instrumentos, técnicas e procedimentos desta forma de avaliação. Quanto ao método, são empregados procedimentos de busca da Revisão Sistemática da Literatura (RSL), acessando-se bases de dados Psico Info, Cochrane Library, Portal Capes, BVS, Lilacs, Campbell Colaboration. A investigação se estendeu a artigos publicados em periódicos especializados e em relatórios de pesquisas recentes. Para cada base de dados foram detalhados procedimentos rotineiros em pesquisas de revisão, explicitando-se os critérios de inclusão e de exclusão. No total, foram encontrados, aproximadamente, 300 textos, no formato de artigos. Desse total, 10 foram incluídos e criticamente analisados, sustentando-se as hipóteses previamente formuladas. Os dados produzidos contribuem, sobremaneira, para a seleção criteriosa de instrumentos diagnósticos que compõem a Avaliação Cognitiva Assistida. É consolidado o papel das práticas baseadas em evidência, no atendimento de crianças com PC, com possibilidade de servirem de suporte para o pesquisador, na escolha das baterias de testes, dentre outros instrumentos diagnósticos que contemplem critérios de validade, fidedignidade e de padronização. Ações de Políticas Públicas poderão ser subsidiadas e direcionadas para a avaliação da aprendizagem das crianças afetadas.
Descargas
Citas
AWAAD, Y. et al. Functional assessment following intrathecal baclofen therapy in children with spastic cerebral palsy. J Child Neurol, v.18, n. 1, p. 26-34, 2003.
BROWN, A. L.; FERRARA, R. A. Diagnosing zones of proximal development. In: J.V. Wertsch (Ed.). Culture communication and cognition: Vygotskian perspectives. Cambridge: Cambridge University Press, 1985.
BLUME, H.K.; LOCH, C.M. Li IC. Neonatal Encephalopathy and Socioeconomic Status. Arch Pediatr Adolesc Med, v.161, n.7, p. 663-668, 2007.
CAMPIONE, J.C. Assisted assessment: A taxonomy of approaches and an outline of strengths and weaknesses. Journal of Learning Disabilities, 22, 151-165, 1989.
CANS, C. Surveillance of cerebral palsy in: Europe: a collaboration of cerebral palsy surveys and registers. Dev Med Child Neurol, v. 42, n. 816, 2000.
CENCI, A.; COSTAS, F. A. T. Mediação e conceitos cotidianos: os aportes de Feuerstein e Vygotsky para investigar as dificuldades de aprendizagem. Psicologia em Revista, v. 19, n. 2, p. 250-270, 2013. Disponível em: < https://dx.doi.org/DOI - 10.5752/P.1678-9563.2013v19n2p250> Acesso em: 10 out. 2017.
CORREIA, L. M.; TONINI, A. Avaliar para intervir: um modelo educacional para alunos com necessidades especiais. Revista Educação Especial, Marília, v.25, n.44, p. 367-382, 2012. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/issue/view/434/showToc>. Acesso em: 06 set. 2015.
CURTO, L. M.; MORILLO, M. M.; FEIXIDÓ, M. M. Escrever e ler: como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e ler. Tradução: Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2000.
DZIENKOWSKI, R.C. et al. Cerebral palsy: a comprehensive review. Nurse Pract, v. 2, n. 1, p. 45-59, 1996.
ENUMO, S. R. F. Avaliação assistida para crianças com necessidades educativas especiais: um recurso auxiliar na inclusão escolar. Revista Brasileira de Educação Especial, n. 11, p. 335-354, 2005.
ENUMO, S. R. F.; BATISTA, C. G. Avaliação cognitiva assistida com o Jogo de Perguntas de Busca com Figuras Geométricas para Crianças com Deficiência Visual (PBFG-DV). In: LINHARES, M. B. M.; ESCOLANO, A. C. M.; ENUMO, S. R. F. (Orgs.). Avaliação cognitiva assistida: fundamentos, procedimentos e aplicabilidade . São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. p. 137-159.
ENUMO, S. R. F.; BATISTA, C. G. Avaliação assistida de habilidades cognitivas de crianças com deficiência visual por Jogo de Perguntas de Busca com Figuras Geométricas para Crianças com Deficiência Visual (PBFG-DV). In: LINHARES, M. B. M.; ESCOLANO, A. C. M.; ENUMO, S. R. F. (Orgs.). Avaliação assistida: Fundamentos, procedimentos e aplicabilidade São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. p. 87-101.
FONSECA, V. D A. Aprender a Aprender: a educabilidade cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 1998.
FEUERSTEIN, R.; FEUERSTEIN, S. Mediated learning experience: A theorical review. In: Feuerstein, R.; Klein, P. S.; Tannenbaum, A. J. (Eds.). Mediated Learning Experience (MLE): Theorical, psychological and learning implications. London: International Center for Enhancement of Learning Potential (ICELP), 1991. p. 3-51.
JOHNSON, A. Prevalence and Chacacteristics of Children With Cerebral Palsy in Europe. Dev Med Child Neurol, n. 44, p. 633-640, 2002.
KAVCIC, A.; VODUSEK, D.B. A historical perspective on cerebral palsy as a concept and a diagnosis. Eur J Neurol., v.12, n. 8, p. 582-7, 2005.
KNOX, V.; EVANS, A. L. Evaluation of the functional effects of a course of Bobath therapy in children with cerebral palsy: a preliminary study. Dev Med Child Neurol., v. 44, n. 7, p. 447-60, 2002.
LAYTON, C. A.; LOCK, R. H. Determining learning disabilities in students with low vision. Journal of Visual Impairment & Blindness, May, 288-298., 2001.
LINHARES, M.B.M. Avaliação assistida em crianças com queixa de dificuldades de aprendizagem. Temas de Psicologia, n. 1, p. 17-32, 1996.
MANOEL, E.J.; OLIVEIRA, J.A. Motor developmental status and task constraint in overarm throwing. Journal of Human Movement Studies, n. 39, p. 359-78, 2000.
MORENO-DE-LUCA, A. D.H.; LEDBETTER, C.L.; MARTIN. Genetic insights into the causes and classification of the cerebral palsies. Lancet Neurol., n. 11, p. 283–292, 2012.
MURPHY, D.J.; HOPE, P.L.; JOHNSON, A. Neonatal risk factors for cerebral palsy in very preterm babies: case- control study. BMJ, n. 314, p. 404-408, 1997.
NORONHA, A.P.P. et al. Cartilha Avaliação Psicológica. [S.l.]: CFP, 2013.
PALISANO, R. et al. Development and reliability of a system to classify gross motor function in children with cerebral palsy. Dev Med Child Neurol.;39(4):214-23, 1997.
PAULA, K.M.P.; ENUMO, S.R.F. Avaliação assistida e comunicação alternativa: procedimentos para a educação inclusiva. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 13, n. 1, p. 3- 26, 2007.
PAURA, A.C. Estudo de vocábulos para proposta de instrumento de avaliação do vocabulário de crianças não-oralizadas. 2009. 135 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2009.
ROBERTSON, C.M.T.; WATT, M.; YASUI, Y. Changes in the Prevalence of Cerebral Palsy for Children Born Very Prematurely Within a Population-Based Program Over 30 Years. JAMA, v.297, n. 24, p. 2733-2740, 2007.
ROSENBAUM, P. et al. Report: the definition and classification of cerebral palsy April Dev Med Child Neurol., v. 49, n. 9, 2006.
SANTA MARIA, M. R.; LINHARES, M. B. M. Avaliação cognitiva assistida de crianças com indicações de dificuldades de aprendizagem escolar e deficiência mental leve.In: ___ Psicologia: reflexão e crítica, v. 12, p. 395-417, 1999.
SAWAIA, B. (Org.) As artimanhas da inclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 2001.
SCHWARTZMAN, J.S. Paralisia cerebral. Arquivos Brasileiros de Paralisia Cerebral, v. 1, n. 1, p. 4-17, 2004.
SERDAROGLU, A. et al. Prevalence of cerebral palsy in Turkish children between the ages of 2 and 16 years. Dev Med Child Neurol, n. 48, p. 413-416, 2006.
SILVEIRA, R.C.; PROCIANOY, R.S. Lesões Isquêmicas Cerebrais no Recém-Nascido Pré-Termo de Muito Baixo Peso. J Pediatr, Rio de Janeiro, v. 81, n. 1 Supl, p. 23-32, 2005.
STANLEY, F.J.; WATSON, L. Trends in perinatal mortality and cerebral palsy in Western Australia, 1967 to 1985. BMJ, n.304, p.1658-1663, 1992.
SWANSON, H.L. Effects of dynamic testing on the classification of learning disabilities: the predictive and discriminant validity of the Swanson - cognitive processing test (S-CPT). Journal of Psychoeducational Assessment, v. 13, p. 204-229, 1995.
TZURIEL, D. Dynamic assessment of young children. New York: Kluwer Academic/Plenum Publishers, 2001.
TZURIEL, D.; KLEIN, P. S. Analogical thinking modifiability in disadvantaged, regular, special education, and mentally retarded children. Journal of Abnormal Child Psychology, 13, 539-552, 1985.
TZURIEL, D.; KLEIN, P. S. The Children's Analogical Thinking Modifiability Test: Instruction manual. Ramat-Gan, Israel: School of Education BarIlan University, 1990.
VOHR, B. R. et al. Spectrum of Gross Motor Function in Extremely Low Birth Weight Children With Cerebral Palsy at 18 Months of Age. Pediatrics, v. 116, p. 123-129, 2005.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
WESTBOM, L. ; HAGGLUND, G.; NORDMARK, E. Cerebral palsy in a total population of 4-11 year olds in southern Sweden. Prevalence and distribution according to different CP classification systems. BMC Pediatrics, v. 7, n. 41, p. 1-8, 2007.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. International classification of functional and disability, beta-2 version. Geneva: WHO, 1999.
ZANINI, G.N.F.; CEMIN, S.N.; PERALLES. Paralisia cerebral: causas e prevalências. Fisioter Mov., v. 3, p. 375–381, 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A reprodução total dos artigos da Revista em outros meios de comunicação eletrônicos de uso livre é permitida de acordo com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.